Orgasmo no parto

O fim da gravidez pode ser mais legal do que se imagina. Além da emoção de ver o rosto do filho pela primeira vez, o momento do parto não precisa ser associado só ao sofrimento e à dor. É o que pensa uma corrente cada vez maior de mulheres, como mostra o filme norte-americano Orgasmic Birth, de 2007. Na produção, que lotou salas de cinema em mostras no mundo inteiro, ela dizem que é possível sim, ter um orgasmo durante o parto.

 

A explicação parece simples, como esclarece a ginecologista e obstetra Cátia Chuba: “na hora que o bebê começa a coroar (quando a cabeça já pode ser vista) toda a região vaginal e genital se comprime e ele passa pelas mesmas terminações nervosas estimuladas durante o ato sexual”. Isso significa que, fisicamente, todas as mulheres têm condições de sentir prazer durante um parto normal.

 

Para que isso ocorra, porém, a grávida não pode encarar a dor apenas como sofrimento. “O orgasmo começa na cabeça, como se diz na psicologia, é a mesma coisa nesse caso”, compara Cátia. A médica diz que é mais fácil que isso aconteça com mulheres que são acompanhadas por obstetras e profissionais que tenham essa mesma visão e que a tranqüilizem e ajudem-na a desassociar o parto normal de sofrimento. Ficou interessada?

 

Então confira alguns mitos do parto orgástico:

1 – O orgasmo do parto é igual ao de fazer sexo

Não, ele é tão bom quanto, mas diferente. Os hormônios são os mesmos e tem muita estimulação vaginal.

2 – Estar no meio dos médicos e enfermeiras torna ainda mais excitante

Em geral funciona melhor com privacidade. Tem tudo a ver com a liberação de ocitocina, o hormônio liberado em situações de prazer, que é 10 vezes mais alta no parto normal. Só que se estivermos nervosas liberamos adrenalina, que inibe a ação da substância

3 – É arriscado para o bebê

Ao contrário, quanto maior a quantidade de ocitocina que circular no organismo da mãe, mais será transmitida ao bebê, o que ajuda a diminuir o estresse do nascimento

4 – Você não sente dor, só prazer

Nem sempre, algumas não sentem a dor e outras sim. Ocorre que é possível sentir dor e prazer ao mesmo tempo

 

Fonte: Revista Crescer

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